Londrina – PR

Londrina é uma das cidades mais importantes do interior do Brasil por sua relevância econômica, administrativa e cultural, que desde a sua fundação em 10 de dezembro de 1934, mantém um ritmo consistente de crescimento em todos os seus indicadores, que a consolidaram como um importante pólo de desenvolvimento regional e nacional. Atualmente, Londrina ostenta o posto de segunda cidade mais populosa do Paraná, com 580.870 habitantes (IBGE 2021), sendo a quarta maior cidade da região sul e a trigésima oitava do país.

 Situada na região norte do estado, a história da cidade foi marcada pela qualidade do seu solo, do tipo “terra roxa”, que em meados da década de 1920 atraiu a atenção de estrangeiros, notadamente de ingleses, que em 1925, juntamente com o governo do estado do Paraná, iniciaram um projeto de colonização de amplo sucesso, atraindo colonos de várias localidades do Brasil, principalmente paulistas, gaúchos e mineiros, além de alemães, italianos e japoneses. O solo, muito fértil, propiciou o estabelecimento da cultura cafeeira, resultando no surgimento de um núcleo urbano que logo foi denominado “Londrina”. O nome, evidentemente, é uma homenagem dos ingleses às suas origens, que se referiam a cidade como a “Pequena Londres”, mas também alude à neblina que permeia a mata da região e que estes achavam semelhante ao fog londrino.

 Londrina nasceu planejada, cujo traçado urbanístico foi concebido pelo engenheiro paulista Jorge de Macedo Vieira que a projetou em estilo modernista, sob o conceito “cidade-jardim” do inglês Ebenezer Howard. Este conceito enquadrava-se no movimento “planejamento urbano utópico” que buscava combinar as melhores características da cidade e do campo. Ao projeto de Londrina, Vieira também incorporou elementos urbanísticos do racionalismo e funcionalismo – com suas formas geométricas bem definidas, utilizados na cidade de São Paulo à época e que o inspiraram neste projeto e em outros que ele realizou no norte do Paraná.

 A expansão da cultura do café culminou no título “Capital Mundial do Café” em 1961, cuja estimativa apontou que 51% de todo o café produzido no mundo concentrava-se em sua região. O ciclo do café terminou em 1975 com a “geada negra” e o protagonismo econômico passou para os setores industrial, comercial e de serviços que já estavam bem estabelecidos.

 Londrina tem o dobro de área verde mínima recomendada pela ONU, com suas 200 praças e 17 parques, onde se destaca o belo paisagismo do entorno do Lago Igapó, um projeto de Burle Marx, marcado pela exuberância e a diversidade da flora local.

 É no município de Londrina que encontramos uma das últimas unidades de conservação de mata nativa do norte do Paraná, o Parque Estadual Mata dos Godoy, um bosque com mais de 690,17 hectares de área, que ainda guarda zonas de mata primária onde estão espécies remanescentes da cobertura vegetal original, fundamental para a manutenção dos corredores de biodiversidade da região.

 Londrina também é relevante no eixo educação e cultura. O rápido florescimento da cidade foi acompanhado pela fundação da UEL entre outras universidades, atraindo empresas de diversos ramos, como tecnologia, serviços e saúde, mas, principalmente, recebendo pessoas de diversos locais do país; por isso há um traço multicultural que torna a cidade muito mais acolhedora e interessante.

 A produção cultural da cidade é vasta, plural e revela-se nos seus múltiplos espaços para apresentação teatral, salas de leitura, bibliotecas, salas de cinema, museus e principalmente nos muitos festivais, além da profusão de Vilas Culturais.

 Os festivais, mostras e projetos de maior expressão são:

– Festival Internacional de Londrina (Filo): Criado em 1968, é o mais antigo festival de teatro do continente, conhecido pelos espetáculos de reconhecido valor artístico, estético e de reflexão crítica.

– Festival de Dança: Evento importante na promoção da dança no Brasil, que traz companhias de várias partes do país e professores de renome internacional que ministram oficinas de múltiplos estilos e vertentes diversificadas.

– Festival Internacional de Música: A intensa programação consiste em múltiplos concertos, shows e recitais de músicos com alto nível de performance em ruas, praças, igrejas, teatros, clubes e bares, além de cursos ministrados por professores renomados no Brasil e exterior.

– Festival Literário – LONDRIX: Programação que preza pela diversidade, conta com saraus, debates, palestras, projetos de extensão e programação infantil.

– Mostra Londrina de Cinema: Programação diversificada que traz curtas e longas-metragens, focada na produção nacional e regional, além de exibições dos clássicos do cinema. A cidade também conta com O Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina – o Kinoarte que produz, exibe e preserva filmes, além de realizar projetos de formação audiovisual em oficinas gratuitas.

– Projeto Sexta na Concha: Programação cultural diversificada e alternativa que acontece às sextas-feiras, no final da tarde, na Concha Acústica. Nesse local também ocorrem as tradicionais “Batalhas de Rima da Concha”

– Programa Vilas Culturais: São mais de dez espaços para a articulação de grupos de produção cultural e coletivos de artistas, além de pontos de encontro democrático para cidadãos de todas as idades, que podem interagir diretamente com os artistas. Estes têm nas Vilas Culturais um local adequado para os seus ensaios e performances, consistindo em um apoio importante para todos que não possuem um espaço próprio, fomentando assim o desenvolvimento e difusão da arte e cultura da cidade.

 Estes são alguns dos mais importantes eventos da agenda cultural de Londrina, mas há muitos mais nesta cidade vibrante e multifacetada.

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